The roomies
Imagine uma manauara fã
de sertanejo e outra capixaba meio americana, meio brasileira. Agora, duas
paulistas viciadas em “tipo”, “mano” e shoppings e "fast-foods". Tem
também uma novata quietinha e sulista. Ela é alta, loira (reflita: alta e loira)
e bem observadora. Daí tem eu, que sou estranha e excessivamente
extrovertida.
Mas
a combinação é bem mais esquisita do que parece. Às vezes, uma quer ouvir a
banda Tulipa Ruiz no último volume, mas duas querem ouvir "Domingo de
Manhã", do Marcos e Belluti, no replay. Tem dia que três entram no
banheiro e cantam em coro: "Casa
humilde de maderite, mansão e os grafites; tudo misturado, isso é Piritubacity".
Então, do nada, alguém começa a dançar tipo uma lagartixa em transe. Pior que
isso, é que uma de nós sempre filma o evento, resultando em pequenos vídeos constrangedores
e engraçadíssimos. Espero sinceramente que você nunca tenha o privilégio de
assistir tais performances.
Talvez
você ainda não tenha entendido que moro num internato com uma filosofia de
ensino baseada na bíblia. E Sim, é um internato de freiras, no qual sou
obrigada a usar um hábito 24 horas por dia, sete dias por semana. Mas somos
freiras rebeldes, desse jeito que você deve estar maliciando mesmo. Acho que a
coisa mais insana que a gente já fez foi malhar ao som de Just Dance. Quase fomos expulsas por isso, sério.
Brincadeira!
Eu e mais essas cinco gatas moramos no Unasp, campus Engenheiro Coelho. Saiba
que o Unasp é o maior colégio com regime de internato do Brasil, abrigando
alunos de 16 cursos superiores e do ensino médio, totalizando cerca de 1.500
jovens e adolescentes sob uma administração muito organizada. Tem gente de todo
lugar do Brasil e do mundo. Olha, apenas cinco sortudas têm o prazer de morar
comigo. Nessas horas faz sentido aquele velho ditado: “Tem gente que não sabe a
sorte que tem”...
Este é o último ano do meu curso
(Jornalismo), então, dá para ter uma noção da variedade das garotas com quem
morei. Isso tem seu lado bom e ruim. Fiz muitas amizades sinceras, que vou
levar pra vida inteira, mas também tive que aprender a lidar com uma circunstância
difícil de aceitar: a separação. Infelizmente, esse fato é inevitável no âmbito
acadêmico. Uma hora todo mundo se separa e vai colocar em prática o que os longos
anos de ensino adquiridos na universidade proporcionaram. Fato comum na vida de
qualquer graduando.
Só
tem uma coisa que a distância, ausência, saudade, correria, etc, não podem
tirar de nós: as boas histórias que vivemos e hoje podemos contar para os
amigos e, futuramente, para nossos filhos. E são muitas, muitíssimas mesmo.
Prometo que um dia contarei as melhores.
Portanto, dedico este post às minhas amigas que
moram ou já moraram comigo nestes últimos três anos e meio. Espero que através
das imagens a seguir você possa sentir um pouquinho do amor e da amizade que
construí.
1)
2012 - Primeira formação do quarto e primeira foto no Unasp.
2)
2013 - Agregadas e amigas de quarto no corredor mais barulhento do prédio,
2014 - Quando percebi que precisava aproveitar mais cada uma delas.
4)
2015 - Pensando em como superarei a saudade iminente...
Menina, último ano já? :O Como o tempo passa!
ResponderExcluirEstou envelhecendo!
E olha, não fui interna, mas ouso dizer que esse lugar é incrível e você sentirá mesmo MUUUUUITA SAUDADE.
E quem é do internato sempre acaba tendo uma ligação mais intensa. Então, prepare-se pro chororo rsrsrs
Aproveite esses últimos meses que restam.
Hoje, já no mercado de trabalho, posso dizer que aí é o melhor lugar do mundo em termos de aprendizado. O Unasp não prepara apenas para o mercado, mas sim para a vida.
Eu lembro daí com muito amor no coração.
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