Por Jhenifer Costa
Preceito: Bonito para uns, pouco atrativo para outros. Assim somos nós, diferenciados de acordo com os estereótipos que a mídia determina. Mas quem disse que para ser bonito é preciso ser magro(a), alto(a), loiro(a) e ter cabelos lisos? A verdadeira beleza está nos olhos de quem a vê. Cuidar do corpo não é apenas estética, é desfrutar da sensação de bem-estar. Foi muito mais por mim do que pelo outros. Mais pela minha auto-estima e amor próprio. Ninguém pode dizer que você não está bem consigo mesmo até que você permita. -10kg.
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(Continue lendo para saber mais sobre a minha história)
Foi em 2012 que eu comecei a
ganhar peso assustadoramente. Ao todo, em menos de um ano, engordei 10 quilos! Esse
peso todo se espalhou pelo meu quadril, abdômen, pernas e rosto. Eu estava me
sentindo grande, mas acima de tudo, estava me sentindo mal. Olhar-se no espelho
e não gostar do que você vê no reflexo é duro. Pior é quando você não encontra
nenhuma peça de roupa no armário que te sirva e, infelizmente, você vai às
compras, cedendo ao desleixo e a vontade inexistente de dar a volta por cima e
mudar. Isso foi exatamente o que eu fiz.
Eu posso colocar a culpa em
vários “fatores”. Talvez na ansiedade, na rotina irregular de uma universitária,
na dieta ovolactovegetariana consumida por mim nos últimos três anos, que é
composta por mais carboidratos que proteínas - aos que desconhecem o assunto e
estão curiosos, confira o link http://pt.wikipedia.org/wiki/Vegetarianismo. Mas
vou sincera com você. Engordei porque eu quis, porque eu não estava nem aí para
o meu peso, para o meu corpo, para o meu bem-estar. Eu não estava interessada
na opinião dos meus amigos e, na época, namorado. Desse jeito, engordar fica
fácil.
Sabe, eu fico pensando em como as
pessoas podem conviver com coisas que fazem mal a elas. Por exemplo, uma mulher
que insiste em andar em cima de um salto desconfortável, que machuca e dói. Acostumamos-nos
com as coisas ruins. Gostamos de pensar que está tudo bem, aparentemente. Não sei o que é pior, o incomodo físico ou
psicológico. Por um tempo eu estive assim, acostumada. Entretanto, eu gosto de
mudanças e faz parte de mim ser, digamos, revolucionária. No instante em que eu
subi na balança e constatei dez quilos extras, acumulados em forma de culotes, chorei.
Essa parte ninguém sabia. Pensei: “Que diabos eu estou fazendo comigo?!”.
Fiz uma coisa que ninguém pode
fazer por mim: TOMEI UMA ATITUDE! Após quase dois anos de comodismo puro,
resolvi que eu não queria mais ficar daquele jeito. Gente, resisti, me
reeduquei, cortei açúcar, depois ovo e leite e, mais tarde, qualquer coisa que
fosse industrializada. Durante 40 dias consumi apenas frutas, legumes, verduras
e nozes. E foi ótimo, de verdade. Passei vontade de comer muita coisa, é claro.
Mas para alcançar alguns objetivos é preciso sacrifício. Não foi fácil, principalmente
porque, ao sair, restam poucas opções de restaurantes e lanchonetes para fazer
uma refeição no estilo vegetariano estrito (confira link acima). No fim, deu certo
e perdi 10 quilos em três meses.
Estou contando isso para vocês
porque eu sei que muitas pessoas acomodadas e insatisfeitas lerão esse texto.
Amigo(a), preciso reafirmar uma coisa: Ninguém vai tomar essa atitude por você!
Uma coisa é você sentir-se bem com seu corpo e saber que sua saúde está em dia,
mesmo com uns quilinhos a mais. Agora, é totalmente inaceitável alguém saber
que está doente, infeliz com a sua aparência e agir como se tudo estivesse numa
boa. Eu digo sempre que precisamos olhar no espelho e gostar do que estamos
vendo. Caso isso não aconteça, vamos nos mexer! Precisamos aprender a ter
domínio próprio, a nos controlar. Temos que estipular limites para nós mesmos. Procure
orientação de um especialista (fiz isso também), faça exercícios, mexa-se!
Vale muito a pena se sentir bem e gostar de si mesmo(a). Não é padrão de beleza, moda, ditadura, mídia, seja lá o que for, é você. Eu não sou magra e, de acordo com os padrões estipulados por aí, estou longe disso. Estou feliz e satisfeita. Por favor, não continue achando que pode conviver com algo que não te faz bem. Seja feliz!
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