Por Jhenifer Costa
Não costumo fazer
comparações, porque acho depreciativo. As pessoas são diferentes mesmo e não
tem nada que possamos fazer que vá deixá-las iguais. Isso é ótimo, aliás. Mas uma
coisa é certa, mulheres são mulheres, meninas são meninas. Dentro desses
universos distintos, temos muito o que descobrir.
Quem poderia dar uma boa definição de
mulher é o nosso caro Fábio Júnior ou Vinícius de Moraes, por exemplo.
Vou me ater ao diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor
brasileiro, Vinícius de Moraes, que se casou com nove mulheres diferentes,
acredite. Sem contar as amantes e namoradas. Uma confusão, filho pra lá, sogras
pra cá. Mulher branca, morena, gorda, magra, nova, velha. Mulher brava, calma.
Brasileiras e estrangeiras. Uma diversidade. Cada uma delas que passou pela
vida de Vinicius, tinha a esperança de ser a viúva do galanteador. Ele morreu
aos 67 anos, em 1980, decorrente de um edema pulmonar, após um derrame
cerebral. Uma longa história.
Ele tem doutorado nessa questão, uma
pena não estar mais aqui para uma entrevista. Vinicius amou e viveu bastante e,
sem dúvidas, foi o poeta do amor. Ele experimentou todos os tipos de sensações
e deixou isso para nós em forma de poemas. Não que eu concorde com o fato de
ele ter sido um “Salomão” da vida, de forma alguma, mas eu acredito quando ele
diz que mulher é um pouco de tudo. Um pouco de amor e ódio, alegria e
melancolia, sensualidade e desleixo. Ele deixou suas impressões no poema
“Ariana, a mulher”, um clássico publicado junto com “Forma e Exegese” em um só
livro. Uma loucura. Ele amou todas as formas de mulher que encontrou, mas
sempre as amou pelas suas características peculiares. Tenho para mim que todos
os homens deveriam ler esse livro.
O primeiro amor dele foi aos sete
anos. Ela se chamava Branca, devia ser de etnia branca também... No livro de
João Carlos Pecci, “Minha profissão é andar”, há um trecho do seu primeiro caso
de amor. “Comecei a amar Branca porque um dia, no portão de sua casa, minha mão
encostou de leve em sua perna. Nunca mais esqueci a sensação”, revela Vinicius.
Confesso que eu fiquei muito curiosa com essa declaração. Provavelmente ele
ficou excitado, não no sentido literal da palavra, mas como criança, ficou
louco com a ideia de ter uma mulher para si. E digo: Homens que são homens
gostam muito de mulheres. Esperto que era, sabia que tinha muito mais mel
dentro do pote.
Mas e a história lá de cima, “mulheres
são mulheres, meninas são meninas”? Somente o homem que já teve uma mulher para
si vai entender o que estou falando. Mulheres sabem como ter homens aos seus
pés. Mulheres sabem cuidar, manter e cultivar. Mulheres sabem ferir corações
como ninguém. Mulheres são inteligentes, divertidas. Mulheres são femininas nos
pequenos detalhes. Mulheres tem autoestima, se aceitam, melhoram. Sabem o que
podem ter e fazer. Mulheres usam pouca maquiagem e mais o cérebro. Antes de ser
mulher, foi menina. Mas aprendeu, cresceu, amadureceu e se tornou incrível,
irresistível e indispensável.
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